Acervo A Escola Livre: Celso Longo + Daniel Trench

07 Mar, 2015. Celso Longo (1977) é arquiteto e mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e autor do livro Design Total: Cauduro Martino (Cosac Naify, 2014). Daniel Trench (1978) é bacharel em artes plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e mestre em poéticas visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É editor de arte da revista Serrote, publicada pelo Instituto Moreira Salles. Trabalhando em parceria desde 2008, Celso Longo e Daniel Trench desenvolvem projetos de design gráfico voltados às áreas editorial e cultural. Combinam à sua prática profissional atividades como ensino, curadoria e pesquisa. Ambos são membros da Alliance Graphique Internationale (AGI).

Escrito por A Escola Livre
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Imagem de fotografia do encontro de A Escola Livre com Celso Longo, Daniel Trench e Tereza Bettinardi.

TEREZA BETTINARDI Quero iniciar com uma pergunta sobre o nome do estúdio. A maneira como vocês se organizam e como a identidade de cada um é colocada, acho que é bastante distinta. Não é um nome fantasia nem a prática individual de cada uma, mas, sim, a soma dos nomes. Vocês creem que isso é um modelo – talvez até mais contemporâneo – de se apresentar como estúdio? Como os projetos e demandas são organizados dentro dessa estrutura?

DANIEL TRENCH Eu acho um pouco difícil falar em modelo porque trabalhamos de um jeito um tanto idiossincrático. É um pouco difícil e até curioso porque, por mais que trabalhemos com projeto, a gente não se organiza de uma maneira tão programática assim. Por exemplo, a maneira como a gente se denomina aconteceu de um jeito muito orgânico. A gente não parou pra pensar e falou: “ah, vamos traçar esse objetivo, vamos chamar o estúdio pelos nossos nomes porque achamos que isso, enfim, é estratégico”. Não, de maneira alguma. Voltando um pouco atrás, eu trabalhava sozinho, o Celso também. Antes ainda… a gente participava de um coletivo formado por um grupo de amigos. Desse coletivo, cada um foi pra um lado e, enfim, comecei a trabalhar sozinho, o Celso, sozinho… E, pouco a pouco, passamos a fazer alguns trabalhos em conjunto. Isso começou a ganhar uma intensidade maior, os trabalhos começaram a rolar, e projetos maiores apareceram e daí, de repente, a gente se viu já com, sei lá, um assistente, com uma certa estrutura, dividindo trabalhos maiores. No fundo, o que fez com que tivéssemos que afirmar Celso Longo mais Daniel Trench foi o site. Cada um tinha um site, era uma zona…

CELSO LONGO E ninguém entendia nada! Às vezes recebíamos dois e-mails pra um mesmo trabalho. Éramos concorrentes, mas a gente trabalhava junto! [risos] Esquisito, né? Até que resolvemos unificar. Mas unificar o quê? Vamos criar uma empresa? Até hoje a gente não tem uma empresa, eu tenho uma e ele tem outra.

TB É horrível pensar em nome, né?

CL É. E acabou indo por esse caminho. E o que acontece é que até hoje a gente faz algumas coisas separadas.

GUILHERME FALCÃO Falando ainda sobre modelo de organização do estúdio. Outro aspecto é a própria atuação de vocês, que expande os limites do que entendemos como uma prática de design gráfico. Vocês também atuam fazendo curadoria, como foi o caso da exposição Cidade Gráfica (1), no Itaú Cultural, por exemplo. É uma prática mais multidisciplinar, além do tradicional sentar, resolver um layout, aprovar uma prova, acompanhar uma implantação.

(1) Exposição Cidade Gráfica realizada no Itaú Cultural, em São Paulo, de 19 de novembro de 2014 a 4 de janeiro de 2015. Com curadoria de Celso Longo, Daniel Trench e Elaine Ramos, a mostra reuniu 40 projetos que – elaborados por artistas e designers de diversas regiões do país – abordam temas ligados ao cotidiano das cidades. Disponível em itaucultural.org.br. Acesso em fev. 2017.

CL Eu acho chato fazer a mesma coisa sempre. Eu acho difícil imaginar que você vai lidar só com um tipo de projeto. Isso vem um pouco da minha formação: eu estudei arquitetura, num lugar que tinha já uma predisposição a essa multidisciplinaridade e de alguma forma eu me identifiquei com isso.

GF Você até falou que, curatorialmente, no caso da exposição Cidade Gráfica, era muito como se ela fosse uma publicação, um livro, quer dizer, dividida em capítulos.

CL Exatamente. Gosto da ideia de ser uma espécie de clínico geral e poder fazer um livro, poder pensar numa exposição, poder pensar num curso… Eu acho que isso oxigena o trabalho, e uma coisa acaba contaminando a outra. A prática acadêmica acaba contaminando o estúdio e vice-versa. Para quem tem uma recorrência em projetar editorial, como o Daniel por exemplo, muitas soluções que estão no livro ganham uma forma inusitada quando se deslocam para o espaço. Isso é muito rico. É legal esse deslocamento. Mas, por outro lado, as zonas de conforto também são justificáveis. Às vezes é bom construir trilhos pra conseguir tocar o seu dia a dia de uma maneira mais indolor, senão pode ser sempre um parto, uma crise.

DT E eu acho difícil entender a cisão entre a forma e o conteúdo, ou vontade de segregar as coisas em caixas. Como a gente separa essas coisas? Eu faço a Serrote (2) há cinco anos. Comecei a fazer desde o projeto do número zero e já estamos fechando o número vinte. O Paulo Roberto Pires, que é o editor da revista, em tese o cara que cuida dos textos, também mete muito a mão na direção de arte, que é o que eu faço. E eu também leio, colaboro, sugiro os textos. Então, essa divisão por caixinhas, o design começa aqui onde acaba a edição de texto, eu duvido um tanto disso. Como o Celso falou, design é multidisciplinar por natureza, e quando a gente define as coisas de uma maneira tão estanque, limitamos muito a nossa atuação. Sobre a experiência da exposição Cidade Gráfica, foi interessantíssimo criar uma narrativa que se desenrolasse no espaço; a exposição também tinha uma organização que era editorial. Acho que isso vem muito da nossa formação, Celso, Elaine e eu. A exposição tinha o que chamávamos de bolsões, que eram, na verdade, capítulos. A obra do Vitor Cesar era, para nós, uma espécie de epígrafe, e assim vai. E, de novo, isso é um tanto orgânico, não é deliberado. Vem da nossa formação e, por consequência, da maneira como a gente trabalha.

CL Eu lembro de uma conversa que tivemos com o João de Souza Leite na época da Cidade Gráfica. Ele fez a leitura de que a exposição era particular no sentido que não abordava o design gráfico em si, mas, sim, suas fronteiras. Não tinha esse purismo, também porque eu acho que a gente não acredita nisso, de definir: isso é design, isso aqui não é. Ele vem de uma geração dos anos 1960-1970, cuja ideia de projeto é superestruturada. Enquanto ele criticava, de uma maneira bacana inclusive, essa outra visão do que poderia ser entendido como design gráfico, eu lembro que fiquei pensando que a exposição era, em última instância, o próprio projeto – num sentido mais próximo ao que ele entendia como projeto. O que faz sentido se pensarmos que quem estava lá, fazendo a exposição, eram designers. Ninguém ali era curador. Acho que isso é um bom exemplo de como uma coisa acaba impregnando a outra, nesse caso, de forma positiva a meu ver.

(2) Serrote é uma revista quadrimestral do Instituto Moreira Salles que, desde 2009, se dedica a publicar ensaios sobre artes visuais, literatura e cultura.

TB Essa exposição buscou também pensar alternativas sobre o modo como o design pode ser exposto. Entramos em contato com design gráfico todos os dias, mas não é consumido como um fim. É, portanto, um desafio, porque não dá para tratar um cartaz como um bicho empalhado, uma coisa morta. A vida do cartaz é na rua. Logo, me parece frustrante ir para uma exposição de cadeiras e não poder sentar, por exemplo. Um aspecto interessante na exposição Cidade Gráfica foi também a confiança no visitante. Você deixa lá os livros, o público folheia. As coisas passam a ter volume, peso, dimensão, e não é simplesmente uma reprodução dentro de uma vitrine.

GF Um exemplo disso era aquele trabalho da Fernanda Goulart (3), dos gradis de Belo Horizonte. Aquilo estava materializado no espaço para você encostar, quatro mil cartões impressos!

CL Foi um desafio o projeto dessa exposição. A grande maioria daqueles trabalhos que estavam ali não foi pensada para exposição. Esse trabalho da Fernanda Goulart é um livro. Originalmente é um trabalho acadêmico que virou um livro. Tínhamos que fazer essa tradução o tempo inteiro para entender qual era o vetor principal do trabalho e como aquilo poderia se tornar tangível para o público. Fazer uma exposição em que você precise sentar e ler quarenta livros num espaço expositivo é completamente descabido! Tivemos a oportunidade de escolher a equipe que ia trabalhar a expografia, feita pelo pessoal da Metro. E foi muito interessante porque a curadoria dialogava muito com a expografia, até para entender se determinado trabalho poderia ser selecionado para exposição ou não. Porque você pode ter um trabalho que é legal mas, quando exposto, você pode não conseguir entrar nele. Esse entendimento foi acontecendo ao longo do processo curatorial mesmo. Você vai, enfim, equalizando partes e tudo tem que chegar no objetivo final, que era a exposição funcionando.

PARTICIPANTE Parece que a multidisciplinaridade que estava sendo discutida na própria exposição entrou no projeto. Não me senti olhando uma coleção, me senti navegando numa história. Tinha uma cadência narrativa, a plataforma ia se moldando, de uma maneira muito particular, porque ela era muito heterogênea sem ser pirotécnica a ponto de roubar a atenção do que estava sendo exposto. Às vezes, você vai numas exposições que são muito assim, a plataforma sobe demais!

DT Outra coisa que pautou muito as nossas discussões é que o design é mundano. Na hora em que a gente pega um objeto de design e leva pra um museu, isso pode dar o entendimento de que se está levando um objeto mundano pro espaço sacralizado do museu, tentando fazer com que esse objeto ganhe um estatuto de arte. E tudo o que a gente não queria era que aqueles trabalhos fossem entendidos como objeto de arte. Alguns são, por princípio, outros não são! E pra gente não importava muito isso. O que a gente estava fazendo era uma exposição que falava sobre design, não exatamente uma exposição de design. Não estávamos afirmando que aqueles trabalhos todos eram de design. Isso gerava uma certa confusão, teve um monte de gente que vinha pra mim: “você acha que isso é design?”.

TB Isso ainda acontece?

DT Eu acho que isso traz questões que são caras aos designers, enfim, ocupamos um terreno pantanoso. Por outro lado, escutava: “ah, mas então você está dizendo que isso é arte?”. Não, não estou dizendo que isso é arte!

[risos]

TB Temos uma necessidade muito grande de delimitar o nosso quadrado pra ninguém entrar, né?

(3) Urbano Ornamento (Fernanda Goulart, 2014), inventário de grades ornamentais em Belo Horizonte (MG). Registro fotográfico de mais de quatro mil fachadas das áreas antigas da cidade que originou um catálogo de ornamentos com cerca de três mil desenhos vetoriais. Disponível em: Urbano Ornamento. Acesso em fev. 2017.

GF Tem aquele texto do Rick Poynor (4) que fala do design, o irmãozinho caçula da arte. Ele fala que é possível que um ser humano passe a vida sem entrar em contato com uma obra de arte, mas que é impossível que essa pessoa não tenha contato com uma peça de design. É impossível! E depois acontece uma outra coisa que é muito doida, que é quando as pessoas usam um substantivo como adjetivo: “ah, é uma obra arte!” – não, obra de arte não é um adjetivo, querido!

DT Eu vivi esse embate no meio da faculdade, porque eu fiz artes plásticas, eu trabalhava com design. O Thiago Mesquita, no documentário Pixo, do João Wainer, falando sobre pichação, ele fala uma coisa boa que era meio assim: “isso é muito interessante, mas não é arte e não precisa ser arte pra ser bom”.

(4) Rick Poynor, “Art’s Little Brother”, Icon, maio 2005. Disponível em iconeye.com. Acesso em fev. 2017.

GF Mudando um pouco a direção da conversa. Desde que eu comecei a trabalhar com o mercado corporativo estou com uma pulga atrás da orelha. Ainda propaga uma ideia de estúdio como ateliê e, especialmente fora do Brasil, existe uma cultura de não pagar estagiário, porque você está tendo uma oportunidade de ouro em trabalhar com aquele profissional. O cara que se afasta e inclina a cabeça como se a tela do computador fosse uma tela de pintura. Só que ele é gestor de uma equipe, por menor que ela seja! É gestor de um negócio, tem contas a pagar. Como funciona com vocês?

DT É um milagre, não sei. [risos]

CL A gente tem uma planilha de Excel que nenhum dos dois sabe mexer [risos]. O que ela faz é só somar ou subtrair. É muito básico.

PARTICIPANTE O trabalho de vocês possui um viés muito cultural. Eu queria saber como isso começou, se foi um movimento intencional para ambas as partes ou se foi uma coincidência e acabou virando um pouco parte do projeto.

DT Eu acho que a aproximação com o universo cultural foi, de novo, orgânica. Isso não quer dizer que não foi intencional. Eu acho que teve intenção ali. Foi onde eu comecei ver que eu tinha mais interlocução. Acho que design é feito de conversa, feito de interlocução. Se não tem conversa, não tem design. Não existe um bom projeto se você não tem uma boa conversa com todo mundo, não só com o cliente, mas com os agentes envolvidos no projeto. No universo cultural eu encontrei mais abertura para um tipo de conversa que era de fato produtiva e por isso as coisas caminharam para esse lado. Mas eu também acho que o universo cultural é também um universo comercial. Quando você fala “passar para o lado comercial”, como se tivesse o lado negro da força… O universo cultural é totalmente comercial, não tem ingenuidade. A gente não faz o que faz só porque gosta, precisamos viver, pagar contas, pagar o financiamento de trinta anos…

CL Essa história de trabalhar com o mercado cultural, eu acho que determina muita coisa sim, como o fato de ter um estúdio pequeno. Claro que você pode trabalhar com o mercado corporativo e ser um estúdio pequeno, mas eu acho mais difícil. Além disso, na esfera cultural sinto que há mais diálogo, mais abertura para uma interlocução de fato.

PARTICIPANTE Eu trabalho numa agência pequena com projetos tanto para a área cultural como corporativa e eu sinto falta desse diálogo. Eu fiz ESPM [Escola Superior de Propaganda e Marketing] também, estudei com o Daniel e você [Celso] foi meu orientador de TCC. Eu sinto falta daquele diálogo. É algo que eu não consigo encontrar nesse meu dia a dia. Isso porque, às vezes, tem uma demanda muito grande de projetos, a estrutura é pequena, então você precisa tirar trabalho da frente. Às vezes eu sinto que eu não consegui parar pra pensar um projeto ou dialogar com pessoas suficientes pra chegar numa produção melhor.

GF Eu trabalhei nos dois mundos. Quando eu saí da faculdade, eu trabalhei na ps.2 durante cinco anos e meio, em uma estrutura muito pequena como a de vocês [Celso e Daniel]. Depois eu fiquei um ano e meio trabalhando sozinho, envolvido com a questão cultural. Fazia projeto para lei, produção, captação… Até entrar em um emprego fixo, que eu tenho até hoje. Coordeno a equipe de design gráfico em uma consultoria corporativa em sustentabilidade. Eu achava que ia ser um choque brutal! Até então, sempre tinha trabalhado sozinho ou com poucas pessoas e então eu fui para um lugar cuja equipe tinha 96 pessoas! Eu sempre penso que a dignidade do trabalho é você quem dá, não o meio com o qual você está lidando. É você, como profissional, que precisa entender o que está funcionando naquele contexto, como é que você vai trabalhar nele, como é que você vai trazer um pouco da sua expertise pra lá. Lá tem muito do que eu via quando trabalhava com cultura: demandas esdrúxulas e, às vezes, problemas de orçamento. É interessante ver como as duas coisas estão próximas mesmo.

PARTICIPANTE De uns anos para cá, tem acontecido uma retomada da discussão sobre o design brasileiro. Em um intervalo de poucos anos tivemos a publicação da Linha do Tempo do Design Gráfico no Brasil pela Cosac Naify, a exposição com o mesmo tema no Sesc Pompeia, a publicação do livro Design Total sobre o Cauduro e Martino, a Ocupação Aloísio Magalhães no Itaú Cultural. O que vocês pensam sobre isso? Existe essa retomada mesmo?

CL Eu acho legal começar a acordar e prestar atenção numa memória nossa. Sempre tivemos uma certa dificuldade em lidar com isso. Mas não como algo ufanista, porque não é por aí, mas tem um monte de coisa legal que a gente desconhece e que aconteceu aqui. Eu me lembro disso na pós-graduação na FAU-USP, o Chico Homem de Melo era um professor ali com quem eu conversava bastante. Um dia ele me falou: “você trabalhou lá [Cauduro/Martino], por que você não pesquisa isso?”. Mas eu tinha um papo, “não, eu quero fazer uma publicação, me expressar no papel…”. Ele falou: “porque você não pesquisa um negócio que está aí?”. Sendo sincero, foi assim que começou a pesquisa do livro [Design Total] (5). Legal porque era um material de arquivo que já estava dobrado, amassado, empoeirado e perdido num armário. E agora o escritório fechou, o Ludovico já morreu… se você não registra, é um material que se perde! Tem um lado de acordar e falar que a gente tem uma memória, temos uma produção. Por que a gente compra livro da Unit e não olha pro que está acontecendo aqui?

DT Só acho um pouco esquisito porque parece que o design parou em um certo momento e, de repente, agora, ele está renascendo. Eu não consigo ver por aí. Vejo que temos, sim, um olhar sobre a produção nacional, seja no plano histórico ou no do presente. E o que há de novo é que esse olhar parece abandonar, enfim, certos vícios. Quando eu era estudante, ali no princípio da ADG, lembro que as pessoas se digladiavam para tentar entender quais são as especificidades do design brasileiro.

Mas o que é design brasileiro? Que jeitinho é esse? De fato não consigo acreditar que existe algo tão específico no nosso design. Eu acho que não tem. Eu duvido que seja o mais colorido!

(5) Celso Longo, Design Total: Cauduro Martino, São Paulo, Cosac Naify, 2014. O livro é um registro minucioso de cinco projetos do escritório dos arquitetos João Carlos Cauduro e Ludovico Martino, que ajudaram a definir a identidade visual de São Paulo nos anos 1950-1960: o Metrô de São Paulo, o Zoológico de São Paulo, a avenida Paulista, o Sistema Municipal de Transportes e o Banespa.
Entrevista gentilmente cedida pela A Escola Livre para publicação.

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