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“Até porque o design no Brasil, até pouco tempo atrás, era feito por não designers. Então, o design brasileiro tem contaminações que colaboraram para essa riqueza, essa polifonia é muito rica!”
“Descobri o design paralelamente com a minha mãe, que era professora de português e hoje é designer de mobiliário. Sempre gostei de atividades artísticas quando criança e queria ter uma profissão ligada à criatividade. Descobrimos a existência do design e me apaixonei pela área gráfica.”
“Eu gosto de desenhar, a Julia gosta de construir. Juntas vamos esticando a corda até o próximo ponto, bordando, emendando, colando, fazendo pontes. Queremos ser claras, comunicativas e eficientes, mas também queremos inserir brilho, loucura e sedução nas nossas criações. Queremos que os processos sejam justos, que as pessoas fiquem felizes, que as coisas façam sentido.”
“Uma breve reflexão sobre como esse projeto surgiu e atravessou os primeiros 7 anos de existência. Essa é a maior mudança que esse projeto já sofreu desde 2014. Mas quais os próximos passos?”
“José Gasparian é fotógrafo e designer de produto na Elephant, uma agência de produtos digitais com sede em San Francisco. Gasparian acredita que design e música tem relação até nos pequenos detalhes e elaborou uma playlist com 15 músicas que representam sua visão sobre o tema.”
“Temos vários interesses que orbitam o universo do estúdio e gostamos de fazer coisas que não necessariamente têm relação com o trabalho (…) Acredito que esses interesses contribuem com nossa formação como cidadãos e isso pode acabar se refletindo em nossa atuação profissional.”
“Por mais que tenhamos uma paixão individual pelo design e expectativas de como ver os projetos serem realizados, design é o nosso trabalho, os projetos não são só sobre nós, não acho que devem ser desenvolvidos apenas ao nosso favor, portanto devem atender e comunicar com seu público.”
“Tinha também uma crítica muito grande ao modelo acadêmico tradicional, de como muitas vezes parece que é apenas uma instituição interessada em manter a si própria como instituição, e não formar as pessoas com as quais entra em contato. Essa crítica à manutenção de estruturas de poder é parte do que me incomoda no ensino tradicional também.”
“Viver o momento presente é estar inteiro e esse sentimento é um gatilho importante na busca por idealizações pessoais, aquilo que cada um julga importante. A partir daí a entrega toma outras proporções e o empenho no que se faz é potencializado.”
“Por causa da minha mãe, eu assimilo muito mais sua postura perante situações, o respeito e a humildade – ela é uma das pessoas mais humanas que conheço.”
“A afinidade cresceu com o tempo e com a convivência percebemos que os estúdios compartilhavam ambições e planos semelhantes. Além disso, temos entre nós perfis complementares, não apenas como designers mas também como gestores. Logo, entendemos que uma união traria benefícios em muitos sentidos.”
“Para conseguirmos trabalhar com profissionalismo e qualidade, enquanto nos desenvolvendo como designers independentes, a natureza nômade do nosso estúdio nos instiga a pensar em novas formas de lidar com nossos clientes, de se fazer um projeto ou adaptar o processo à um contexto específico.”
“Estar em uma empresa de produto é, de fato, se colocar no lugar do consumidor. Não que a Publicidade não faça isso, mas trabalhar internamente e falar diretamente com os clientes faz com que a gente crie um respeito imenso por quem está do outro lado.”
“Foi o jornalismo que me guiou para o design editorial, e foi na correria das redações que aprendi como isso funcionava. Havia muita confusão neste período.”
“Porto Rocha é um estúdio de design com uma estrutura pequena, mas com o desejo de trabalhar com projetos, marcas e pessoas de muito impacto. A gente acredita que bom design deve ser acessível a todos.”
“Quando mais novo, sempre me foi apontado que ser do jeito que sou era motivo de vergonha. Ser viado, não poder deixar o meu cabelo crescer; gostar de Sandy & Junior sendo homem, gostar de vestir as coisas que eu visto, ler o que eu leio, fazer o design que eu quero fazer. E, por muito tempo, acreditei que essas coisas poderiam me atrapalhar profissionalmente.”
“De uns tempos pra cá, a gente percebeu que a humanidade tem se mostrado bastante ineficiente em aprimorar uma tecnologia humana inventada há mais 3 mil anos: a democracia. Então eu acho até um pouco ingênuo quando designers gráficos propõem eventos ou exposições para expressar o desejo de construir um mundo melhor.”
“Tenho interesse por estruturas que evoluem de ideias que de alguma forma estão relacionadas ao material com o qual eu estou trabalhando. Sendo assim, minha tendência é dizer que a parte mais importante do processo é buscar entender o conteúdo.”
“Fiz projetos muito legais e conheci muita gente que eu não imaginava conhecer. Queria uma forma de presentear meus parceiros e amigos com algo personalizado, que marcasse este ano.”
“Eu admiro de verdade um Designer que consegue ter tudo aprovado numa grande corporação. Mesmo que não seja a ideia mais avançada ou o trabalho mais criativo.”